domingo, 10 de maio de 2009

ABR 2008 - Retorno à Escola

Antes da cirurgia os médicos haviam nos avisado que possivelmente ele ficaria afastado da escola por pelo menos 6 meses...

Mas a sua recuperação foi tão rápida que não havia motivos pra não voltar à escola e levar uma vida normal. Já havia aprendido a escrever com a mão esquerda (letra de forma). Ainda não conseguia utilizar a tesoura, por exemplo, mas isto não tinha importância. Tinha dificuldades de equilíbrio em escadas... Não conseguia subir ou descer escadas sem agarra-se ao corrimão... Quando não tinha corrimão, subia apoiando-se nos degraus e descia sentado...Encarava tudo com naturalidade... Não reclamava por não conseguir... É uma criança alegre e feliz.

E o seu retorno à escola foi no dia 14/04/08! Perdeu somente 1 bimestre de aula e quando retornou, não teve dificuldade alguma pra acompanhar as matérias...

E o mutismo Seletivo persistia... Mas jamais atrapalhou seu rendimento escolar... Atrapalhava sim o seu desenvolvimento social, pois ele acabava ficando deslocado em meio às crianças... Mas tendo em vista o problema do Tumor, o Mutismo se tornou secundário... É claro que queríamos vê-lo o melhor possível em todos os sentidos, pois a parte emocional prejudicada poderia interferir no sistema imunológico...

Por causa deste problema, desenvolveu uma certa resistência com relação à escola. Todos os dias, no momento de colocar o uniforme, surgia alguma dor... Na perna, na barriga, no dedo, na cabeça (parte frontal), na boca, etc... Estas dores não apareciam em finais de semana e nem em feriados e tampouco em outros horários... Mesmo assim, permanecíamos firmes e o levávamos à escola. Houve ocasião que até chorou, mas era necessário que vencesse aquela barreira. A professora nos tranqüilizava dizendo que ele sempre ficava bem depois de alguns minutos e acompanhava a aula normalmente. Quando íamos buscá-lo ao término das aulas, estava descontraído, sorridente e sem qualquer dor...

Houve quem nos dissesse que em nosso lugar, não enviaria o filho à escola, pois preferiria aproveitar ao máximo a companhia do filho em casa em tempo integral, tendo em vista a doença incurável que possui... Mas pensando bem, se agíssemos assim, estaríamos assinando nosso "atestado de derrota", não apostando e nem acreditando em milagres e na vitória!

Foi neste mês que se deu início as terapias psicológicas no GRAACC, com a psicóloga Milena... O Vitor gosta muito dela.

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